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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Não quero...



O que eu posso fazer para lhe esquecer? Isso se eu quiser esquecer. 

Diz Cecília Meireles no seu poema, “O tempo seca a beleza, seca o amor, seca as palavras deixa tudo solto, desunido para sempre como as areias nas águas”. E será que os meus sentimentos por você irão secar, ficar solto e ser levado com tempo e o vento? Pois esse tempo não chegou, não bateu na porta, não me cumprimentou, e o vento, não foi tão forte para levar os meus sentimentos para onde não sei.

Tenho sintomas, sintomas de uma jovem apaixonada, apaixonada por você, da maneira mais indecisa possível. Uma jovem que não consegue esquecer, talvez não queira esquecer, mas esse tempo de Cecília que funciona como remédio não me curou, pois escrevo tanto para você, penso tanto em você, faz parte da minha vida, da minha vida de silêncio, da minha vida de querer saber o que eu sinto, e tentar demonstrar com cuidado e com o coração, já que o coração é infinito com o tema sentimentos, que muitos deles são incompreensíveis para muitos.

Eu deixei, deixei você invadir, deixei de verdade, sem me esforçar para o contrário, e meu coração não reclamou, pois ele sabe que fui eu que lhe escolhi, não sei por que lhe escolhi, são tantos sintomas, tantas questões, só sei que eu escolhi você, escolhi você, mas, você talvez, não me escolheu.

Fico te olhando sem você perceber, fico te gostando sem você perceber, escrevo sem você ler, escrevo escondida de você. Não quero ser poeta e não escrevo como os poetas, só quero escrever palavras simples, inspirada pelos poetas.

Não sei qual é a nossa trilha sonora, acho que não temos nenhuma música que seja a nossa cara, seria estranho se tivéssemos, ia ficar com vergonha, mas tenho algumas músicas que me fazem lembrar os meus sentimentos por você, que me fazem mergulhar nesse sintoma confuso.

O amanhã, ao entardecer, será que vou lhe esquecer?  Mesmo não querendo esquecer, não quero deixar você solto, vou dar um jeitinho brasileiro para dizer um “Oi Amigo”, e não deixar o tempo levar o nosso pouco contato, pela louca rotina que temos. Os horários não batem, eu sei, nos falamos por ocasiões virtuais, e sempre fico na expectativa, quando será novamente a ocasião.

Deus conhece o meu eu, e peço a Ele, que cuide do tempo e do vento, para não levar você de mim.                                 

(Geo Feitoza)

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