Quando se aproximaram de
Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois
discípulos,
Dizendo-lhes: "Vão ao
povoado que está adiante de vocês; logo encontrarão uma jumenta amarrada, com
um jumentinho ao lado. Desamarrem-nos e tragam-nos para mim.
Se alguém perguntar algo,
digam-lhe que o Senhor precisa deles e logo os enviará de volta".
Isso aconteceu para que se
cumprisse o que fora dito pelo profeta:
"Digam à cidade de Sião:
'Eis que o seu rei vem a você,
humilde e montado num jumento,
num jumentinho,
cria de jumenta' ".
Os discípulos foram e fizeram o
que Jesus tinha ordenado.
Trouxeram a jumenta e o
jumentinho, colocaram sobre eles os seus mantos, e sobre estes Jesus montou.
Uma grande multidão estendeu seus
mantos pelo caminho, outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo
caminho.
A multidão que ia adiante dele e os que o seguiam gritavam:
"Hosana ao Filho de Davi!"
"Bendito é o que vem
em nome do Senhor!"
"Hosana nas alturas!"
Quando Jesus entrou em Jerusalém,
toda a cidade ficou agitada e perguntava: "Quem é este?"
A multidão respondia: "Este
é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia".
Queridos irmãos e irmãs o
Evangelho refletido nesse domingo da Paixão antes da procissão que nos remete a
entrada messiânica de Jesus em Jerusalém.
O Evangelho já inicia
dizendo: Jesus enviou dois discípulos
(Mt, 21,1), para buscar uma jumenta amarrada e com ela um jumentinho
(Mt, 21, 2). Jesus nessa passagem se prepara para ser recebido pelo povo que O proclama
como Rei para se cumprir o que foi dito pelo profeta (Zac 9,9), que passou uma imagem
de Jesus humilde e modesto.
Os discípulos fizeram tudo
que Jesus ordenou como verdadeiros fiéis e puseram sobre a jumenta e o
jumentinho suas vestes e Jesus sentou-se em cima. Jesus recebeu uma homenagem
triunfal do povo que acolheu Ele como Rei, cantando: Hosana, para quem não sabe essa palavra significa “Salva, por
favor,” ou “Salva-nos” (Sl 118, 25-26). E quando Jesus entrou em Jerusalém sobre a
jumenta que simboliza paz pela tradição oriental, segundo essa tradição o rei
chegava montado num jumento quando queria paz, e de cavalo quando queria guerra.
A cidade toda ficou alegre e festiva recebendo Jesus com ramos de oliveiras, é
bom ressaltar que o povo de Israel só tiravam galhos, ramos e folhas da sua
vegetação quando era algo muito significativo, pois a terra de Israel não era e
não é até hoje fértil.
O interessante dessa
passagem é que o povo reconhece Jesus como profeta, e eu lhe pergunto,
reconhece Jesus como o profeta dos profetas?
Nesse dia que se inicia a
Semana Santa onde Jesus é recebido com alegria e “caminhos foram abertos pelo povo
para Jesus de Nazaré passar”. É um dia de festejo, mas também de pensarmos, se acolhemos
Jesus de verdade no nosso coração sem depois condená-Lo.
Caros, que nessa Semana Santa
que já chegou, possamos refletirmos e vivermos esses momentos finais de Jesus, para
conhecermos seus passos e sentirmos com Jesus todos esses momentos que devem
ser lembrados sempre por todos os Cristãos.
Uma abençoada Semana Santa.
(Geo Feitoza)
Evangelho
(Mt 27,11-54)
Narrador
1: Paixão de
nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, Jesus foi posto diante
de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:
Ass.:
“Tu és o rei dos judeus?”
Narrador
1: Jesus
declarou:
Pres.: “É como dizes”.
Narrador
1: E nada
respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos
perguntou:
Leitor: “Não estás ouvindo de quanta coisa
eles te acusam?”
Narrador
1: Mas Jesus não
respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da
Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela
ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos
perguntou à multidão reunida:
Ass.: “Quem vós quereis que eu solte:
Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”
Narrador
2: Pilatos bem
sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava
sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
Mulher: “Não te envolvas com esse justo,
porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.
Narrador
2: Porém, os
sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem
Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar:
Ass.: “Qual dos dois quereis que eu solte?”
Narrador
2: Eles
gritaram:
Ass.: “Barrabás”.
Narrador
2: Pilatos
perguntou:
Leitor: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?”
Narrador
2: Todos
gritaram:
Ass.: “Seja crucificado!”
Narrador
2: Pilatos
falou:
Leitor: “Mas, que mal ele fez?”
Narrador
2: Eles, porém,
gritaram com mais força:
Ass.: “Seja crucificado!”
Narrador
1: Pilatos viu
que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água,
lavou as mãos diante da multidão, e disse:
Leitor: “Eu não sou responsável pelo sangue
deste homem. Este é um problema vosso!”
Narrador
1: O povo todo
respondeu:
Ass.: “Que o sangue dele caia sobre nós e
sobre os nossos filhos”.
Narrador
1: Então Pilatos
soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em
seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e
reuniram toda a tropa em volta dele.
Ass.:
Tiraram sua
roupa e o vestiram com um manto vermelho;
Narrador
1: depois
teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua
mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:
Ass.: “Salve, rei dos judeus!”
Narrador
2: Cuspiram nele
e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe
o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram
para crucificar. Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de
Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado
Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.
Narrador
1: Ali deram
vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois
de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E
ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o
motivo da sua condenação:
Ass.: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.
Narrador
1: Com ele
também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As
pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
Ass.:
”Tu, que ias
destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se
és o Filho de Deus, desce da cruz!”
Narrador
2: Do mesmo
modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também
zombavam de Jesus:
Ass.:
”A outros
salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e
acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já
que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.
Narrador
1: Do mesmo
modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. Desde
o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas
três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”
Narrador
1: Que quer
dizer:
Pres.: “Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?”
Narrador
1: Alguns dos
que ali estavam, ouvindo-o, disseram:
Ass.: “Ele está chamando Elias!”
Narrador
1: E logo um
deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de
uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram:
Ass.: “Deixa, vamos ver se Elias vem
salvá-lo!”.
Narrador
1: Então Jesus
deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. (Todos se ajoelham.)
Narrador
2: E eis que a
cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu
e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos
falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus,
apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os
soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que
havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:
Ass.: “Ele era mesmo Filho de Deus!”
A narrativa começa com o
interrogatório feito a Jesus diante do tribunal, onde permanece ciente as Sua
missão. Ali, onde aqueles que tanto foram curados e amados por Ele, O condenam,
preferindo um assassino. Mesmo diante do pedido de sua mulher, Pilatos, que poderia
ter libertado-O, lava as mãos e o manda crucifica-Lo. No palácio, Jesus é
coroado de espinhos, vestido com manto vermelho, cuspido, zombado. Em seguida, é
levado para Gólgota para ser crucificado, no caminho, Simão de Cirene é
obrigado a carregar a cruz de Jesus, para que Ele não morresse antes da hora. Já
crucificado, é colocado sobre sua cruz um letreiro com a inscrição “Este é
Jesus, o Rei dos Judeus”, repartiram suas vestes, O pregaram entre ladrões e
novamente zombaram Dele: rindo e fazendo piadinhas. Sobre toda a terra houve
escuridão total do meio dia às três horas da tarde e nesse horário, Jesus deu
um forte grito “ Eli, Eli, lama sabactãni?“ que quer dizer: “Meu Deus, meu
Deus, porque me abandonaste?” Mas os presentes acharam que Ele chamava por Elias e deram-lhe vinagre
para beber. Depois, deu outro grande grito e entregou seu espírito. Nesse momento,
a cortina do santuário se partiu, a terra tremeu, as pedras se partiram e
santos falecidos ressuscitaram. Após o terremoto, o oficial e os soldados que
guardavam a Jesus, passavam a crer e afirmaram: ”de fato, ele era mesmo Filho
de Deus!”.
Esse relato da paixão do
Senhor nos faz pensar e refletir muito sobre Jesus, sobre o amor e sobre nós
mesmos.
Pensar como Jesus pensou no
momento em que poderia se salvar da condenação não é fácil, quantos de nós pensariam
como Ele? Permaneceram em silêncio por fidelidade ao Pai e amor a cada um de
nós, inclusive por aqueles que O condenavam, foi à forma sábia de nos perdoar e
nos conduzir a Deus. Foi por amor, que Ele suportou a coroa de espinhos o peso
da cruz, os cravos, a zombaria e toda a dor que O levaram a morte. Com sua
morte, até as pedras sentiram, os santos ressuscitaram e muitos se arrependeram
e passaram a crer. Crer naquele que preferiu ser humilhado, desprezado, flagelado
e assassinado, cuja a única culpa foi: amar, amar e amar!
E nós? Eu, você? Como reagiríamos
diante de uma condenação injusta? Quantas vezes, somos humilhados, traídos,
desprezados por aqueles a quem só fizemos o bem? Muitas vezes, diante de tanta
dor e tristeza escurecemos como a terra, falta a nossa fé e nossos medos e angústia
não nos permitem ver a Deus e nos perguntamos: “Meu Deus, por que me abandonou?”
e da mesma forma que aqueles presentes não entenderam o que Jesus falava, também
não somos compreendidos pelo os que estão perto, esses zombam e ignoram nossa
dor; nós também não entendemos as respostas de Deus a nossa pergunta e
duvidamos até se Deus está nos ouvindo. No entanto, a um momento em quer, assim
como a cortina do santuário se rasgou ao meio, o Senhor rasgará toda a dor que
nos cerca e substituirá por todo amor que só Ele pode nos dar; e aí, nessa
hora, reconheceremos Jesus depois de tanta dor e, assim como Ele, não podemos
parar na dor. Com Sua morte, muitos santos ressuscitaram, e ao terceiro dia,
Ele próprio ressuscitou, possamos nessa páscoa renascermos e ressuscitarmos com
Ele.
Uma abençoada Semana Santa.
(Maria José)
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