Num ápice da vida tudo pode
diversificar de uma forma arquitetônica que jamais imaginaríamos perdurar. Ele
chegou, com seu jeito sorridente, sua voz deslizante e macia ao falar, suave e
cantante de um nordestino que mergulha no olhar, de uma forma sensível e penetrante...
Seu sorriso é outra poesia, não de um rapaz de sorriso amarelo, mas de um homem
que tem dias azuis, pois tem um riso frouxo e sincero se tornando um
despertador de olhar.
Ele surgiu com passos lentos, onde
não ouvi nem o barulho do sapato e nem sua presença, ele me tirou para dançar numa
noite de domingo e eu dancei, mas ele com um jeito desengonçado tentou dançar,
apenas tentou, pois não sabia dançar e nem conduzir uma dama, mas fingi que
também não sabia, então ficamos dois patetas olhando um para o outro sem dar
nenhum passo daquela dança tão “adorável”, onde a nossa conversa era mais agradável
do que qualquer música ou pessoa que passasse ao nosso lado.
Lembro-me da roupa dele como se
fosse hoje, sapatos brancos e blusa xadrez azul de fato me chamou atenção,
tentei fugir do encantamento, mas foi em vão, deixei me beijar depois de tanta
conversa e com aquele beijo tudo começou. É sério não lembrei o nome dele,
tenho esses ápices de esquecer os nomes das pessoas, perguntei duas vezes e
acredite esqueci essas duas vezes, e fiquei com vergonha de perguntar a
terceira, fiquei esperando alguém cumprimentar ele pelo nome, até que o amigo
dele chamou-o para eu nunca mais esquecer, mas isso ele não precisa saber né?!
O que me encantou foi à voz tão
deslizante como um toboágua, ficar com ele foi como entrar no toboágua, foi
uma aventura encantada, que no final não nos largarmos mais.
(Geo Feitoza)
(Geo Feitoza)
Muito bom, goste é tocante.
ResponderExcluirAdorei!
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