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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Deus da Minha Vida


Um velhinho de cabelos longos de cor branca, barba de Papai Noel, alto e forte (mesmo sendo um velhinho), sentado num trono de ouro sendo telespectador da sua própria criação. Era assim que eu criança via Deus, de uma forma infantil e cheia de ingenuidade, um velhinho sério e que eu tinha medo dos castigos Dele, mas sabia que Ele era bondoso, pois pedi a minha primeira bicicleta para Ele, pensei que cairia dos céus. Coisas de crianças.

Quando eu fui crescendo Ele não “partiu” como meus avós, amigos e vizinhos, mas permaneceu daquela maneira de Deus de ser onipresente, que permanece ao nosso lado mesmo quando todos se vão.

Fui crescendo mais, e me tornei jovem, uma jovem dos olhos de Deus como todos, e a imagem de velhinho foi sendo “melhorada”, e fui conhecendo mais intimamente, nossas conversas passaram a ser de gente grande, eu não pedia mais bicicleta e bonecas, e vi que Ele era maior do que um velhinho, nada de cabelo de cor branca, mas de uma jovialidade empolgante.

O conhecimento e a necessidade de cuidar Dele (das coisas Dele) foi crescendo, é como um filho que cuida dos negócios do pai, para multiplicar as ações investidas, e chegar  em casa depois de andar nas estradas cuidando dos negócios Dele que passaram a ser meus também, e dar um abraço e um beijo no seu rosto, e falar: 
 

– Está tudo dando certo para nós.

 
“Quando penso em Deus em apenas uma palavra ainda lembro-me da bondade, uma bondade do tempo de criança, uma bondade semelhante a do ser humano quando alguém bate na nossa porta e pede água e comida e nós damos. Uma bondade dos simples gestos de um abraço, de uma palavra e um aperto de mão, a bondade da paciência e do perdão (como Deus é paciente com todos), e daquele gesto simples de amar até a natureza”. 

(Geo Feitoza)

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