Um velhinho de cabelos longos de
cor branca, barba de Papai Noel, alto e forte (mesmo sendo um velhinho),
sentado num trono de ouro sendo telespectador da sua própria criação. Era assim
que eu criança via Deus, de uma forma infantil e cheia de ingenuidade, um
velhinho sério e que eu tinha medo dos castigos Dele, mas sabia que Ele era bondoso,
pois pedi a minha primeira bicicleta para Ele, pensei que cairia dos céus.
Coisas de crianças.
Quando eu fui crescendo Ele não
“partiu” como meus avós, amigos e vizinhos, mas permaneceu daquela maneira de
Deus de ser onipresente, que permanece ao nosso lado mesmo quando todos se vão.
Fui crescendo mais, e me tornei
jovem, uma jovem dos olhos de Deus como todos, e a imagem de velhinho foi sendo
“melhorada”, e fui conhecendo mais intimamente, nossas conversas passaram a ser
de gente grande, eu não pedia mais bicicleta e bonecas, e vi que Ele era maior
do que um velhinho, nada de cabelo de cor branca, mas de uma jovialidade
empolgante.
O conhecimento e a necessidade de
cuidar Dele (das coisas Dele) foi crescendo, é como um filho que cuida dos
negócios do pai, para multiplicar as ações investidas, e chegar em casa depois de andar nas estradas cuidando
dos negócios Dele que passaram a ser meus também, e dar um abraço e um beijo no
seu rosto, e falar:
– Está tudo dando certo para nós.
(Geo Feitoza)
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