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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Não é Paranoia, é Carência...


E aqui estou eu de novo, no ponto em que parei há anos atrás, te escrevendo sem saber se ainda lê meus textos bobos de amor. Amor? Pois é, usei a palavrinha-chave que você tanto desejou ouvir dos meus lábios. Juro que evitei, durante todos esses anos, alimentar esse sentimento, mas não teve jeito, ele foi mais forte que eu e não resisti. Parece até clichê dizer isso, logo eu usando a frase “não resisti”, a menina que resistia a tudo e a todos caiu na sua, e o pior é que estou rindo de mim mesma por isso.

Ainda te escuto dizendo “tranca a porta”, ainda vejo sua camisa preta no guarda-roupa, ainda sinto seu abraço forte e não sei o que fazer com tudo isso, você me dizia que tudo ficaria bem no fim, mas não ficou, não mesmo...

Se são palavras de conforto, eu diria a mim mesmo: “ele está realizando os sonhos dele”, “ele está melhor sem mim”, “ele está sorrindo naquela foto do facebook ao lado da loira peituda”, mas nada disso apaga o que sinto e hoje, um ano depois, ainda sinto que você deveria ser meu e sinto inveja do vento que sopra em você, da sua escova de dentes e até do seu lençol que pode te abraçar a noite. Não me entenda mal, não fiquei paranoica ou maluca, muito menos vou sair atirando por aí em quem encostar em você, talvez seja apenas carência e a falta que sinto de você falando mais alto, não é para ter medo.

Se ainda está lendo, já pode dormir tranquilo, não vou atentar contra vida de ninguém e ficarei bem, ficarei viva enquanto me restar a esperança de te ver de novo e isso, será sempre, gravei seu nome em minha alma e quando acordo de manhã, embora não sinta mais o cheiro do café que você fazia, ainda sinto que vale a pena viver quando se encontra o amor, mesmo que esteja longe e nos braços de outro alguém, vale a pena, porque só quem ama pode dizer que viveu.

Boa noite e durma bem.


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