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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Confissão (um desabafo verdadeiro)


Quando acontece uma tragédia, mesmo que não nos afete diariamente, é hora de repensar nossas vidas: o que temos feito de bom, se temos vivido de verdade...

Para mim, a vida tem se mostrado frágil e a frase ‘para morrer só precisa estar vivo’, nunca fez tanto sentido como agora. Não sei o que eu deixaria se eu morresse hoje, mas uma coisa eu sei, não quero deixar más lembranças para os que me cercam, nem ser levada como mal exemplo...

Creio que é hora de refletir o que eu sou, o que eu quero e que passos dar a partir daqui...

Sei que a procrastinação tem sido meu pior defeito e, por causa disso, minha vida está passando...

As pessoas não entendem o que tenho sentido e não espero que compreendam, mas notarão que estou sendo mais imediatista, mais presente...

Acumulei tantas picuinhas, rancor... parece não ter sobrado lugar para o bem. E se eu não tivesse tempo de pedir ou dar o perdão, nada terá valido a pena. Falta tanta gratidão e afeto, que quando perdemos (como agora) alguém gentil e amável, é que percebemos que os bons morrem jovens. O melhor seria se todos fossem gentis. Eu quero ser gentil...

O tempo não para, mas eu estava parada e o tempo é cruel. Já tenho rugas, linhas de expressão, pele flácida e tudo mais. No entanto, ainda tenho sonhos da adolescência e esperei sentada que se realizassem...

Chegou a hora de desengavetar meus sonhos e lutar para realizá-los, preciso criar minha identidade, não ser definida apenas pelo perfil do Facebook ou Instagram, mas encontrar a moral que defendo, ou como alguns chamam ‘encontrar a minha verdade’, e seguir em frente...

Estou em pé agora, indo realizar meus sonhos ou, pelo menos, viver tentando. Um dia, eu chego lá...

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